Tradutor

Web Rádio Insejec - Vitória do Espírito Santo - Rádio Amém

terça-feira, 5 de abril de 2011

O SIGNIFICADO DA CRUZ

Como Deus prometera em Gênesis 3:15, Cristo veio ao mundo nascido de mulher. Todavia, de uma virgem. Podemos comparar o que aconteceu no útero de Maria com a criação descrita em Gênesis capítulo um. Deus plantava sua palavra no caos e o Espírito cobria cada palavra, e da união entre a Palavra de Deus e o seu Espírito, vida era gerada. Certo dia o arcanjo Gabriel foi até Maria, uma virgem, e proclamou: “Você ficará grávida e dará à luz um filho, e lhe porá o nome de Jesus. Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo” (Lucas 1:31,32a).

A semente de Deus foi plantada no útero de Maria, através das palavras de Gabriel. Como já vimos, a palavra de Deus produz exatamente o que ela diz. A palavra filho era a semente do Filho de Deus, que é a palavra viva. O Espírito Santo cobriu a semente e, da união entre a Palavra de Deus, que é a semente, e o Espírito Santo, o Filho de Deus foi gerado.

Portanto, Jesus, embora vivesse na terra em um corpo humano, seu espírito procedia de Deus. Como não foi gerado da semente do homem pecador, mas da semente de Deus, Ele manifestava em tudo a vida do próprio Deus. Por isso era Filho de Deus em sua natureza, embora Filho do Homem na forma que tomou. Seu propósito foi tornar-se Filho do homem, como nós, para que nós fôssemos feitos filhos de Deus, como Ele.

Foi na condição de Filho de Deus que Ele fez uma aliança com os homens. Aliança significa um contrato pelo qual todas as coisas se tornam comuns, bens e dívidas. Ele não tinha dívidas e nós não tínhamos bens, mas Ele decidiu pagar as nossas dívidas e tornar-nos participantes de todas as suas riquezas.

O que nós tínhamos? Pecado, maldição e morte. Ele, então, tornou-se pecado maldição e morte em nosso lugar, para que fôssemos livres de tudo isto. Como? Pela sua morte, sepultura e ressurreição. Vale a pena estudar o profundo significado dessa morte que garante ao homem a sua eterna redenção. Disto fala o profeta Isaías no capítulo 53. Analisemo-lo.

UM ÚNICO EVENTO HISTÓRICO
Coloque isto em seu coração: A mensagem do Evangelho gira em torno de um único evento histórico: a morte sacrificial de Jesus na cruz. O escritor da carta aos Hebreus fala disto quando declara:

“Porque, por meio de um único sacrifício, Ele aperfeiçoou para sempre os que estão sendo santificados” (Hebreus 10:14).

É na base desse sacrifício que Paulo declara: “O meu Deus suprirá todas as necessidades de vocês, de acordo com as suas gloriosas riquezas em Cristo Jesus” (Filipenses 4:19). Todas e cada uma das necessidades. Jesus não veio ao mundo apenas para nos livrar da condenação do inferno, mas para dar-nos uma completa novidade de vida, experimentando no dia a dia todas as bênçãos que afetam nosso espírito, alma e corpo. Assim como o pecado afetou o homem integral, o sacrifício de Jesus Cristo na cruz do Calvário afetaria também o homem integral, levando-o a desfrutar de todas as bênçãos que Deus projetou para o homem quando o criou à Sua imagem.

Verdadeiramente não há comparação. A Bíblia nos revela que Deus não proveu muitas diferentes soluções para uma multidão de problemas da humanidade. Em vez disso, Ele nos oferece uma toda suficiente solução, a qual é Sua resposta para cada um dos nossos problemas. Para receber a solução de Deus todos precisamos percorrer o mesmo caminho em direção ao mesmo lugar: a cruz de Jesus.

EM NOSSO LUGAR

Isaías fala de um "Servo” de Yahweh (53:11) cuja alma deveria ser oferecida a Deus como uma oferta pelo pecado. Os escritores do Novo Testamento o identificam como sendo Jesus Cristo. O propósito divino cumprido pelo Seu sacrifício é sintetizado em Isaías 53:6: “Todos nós, tal qual ovelhas, nos desviamos, cada um de nós se voltou para o seu próprio caminho; e Yahweh fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós” (Isaías 53:6).

Aqui está um problema básico universal da humanidade: temos seguido nosso próprio caminho. Em assim agindo, voltamos nossas costas a Deus. Por causa disto “Yahweh fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós.”

A expressão “fez cair” em hebraico é “paga.” A idéia radical parece ser a de uma violenta colisão. Algo que foi atirado sobre Ele. Ou talvez mais adequadamente, que Yahweh fez com que viesse sobre a fim de oprimi-lo em calamidade, como quando alguém é vencido ou oprimido em batalha. O sentido é que Ele não foi esmagado pelos próprios pecados, mas que encontrou os nossos, como se tivessem se apressado a encontrá-lo e prostrá-lo.

“Isto é, sofreu em nosso lugar; e o que quer que Ele tenha sido chamado a suportar, foi em conseqüência do fato de que Ele tomou o lugar dos pecadores; e tendo tomado seu lugar, encontrou os sofrimentos que eram as expressões adequadas do descontentamento de Deus, e afundou sob o imenso peso da remissão do mundo” (Barnes).

A palavra traduzida aqui por iniquidade é avon. O termo português mais próximo seria rebelião contra Deus. Mas avon descreve não meramente a iniquidade, porém também a punição ou más conseqüências que a iniquidade traz consigo. Avon é traduzido por uma frase completa: "o castigo da maldade". Em outras palavras, em seu sentido mais abrangente avon significa não simplesmente iniquidade, mas também todas as más consequências que o juízo de Deus traz sobre a iniquidade.

Isso se aplica ao sacrifício de Jesus na cruz. Ele não era culpado de pecado. "Nunca cometeu injustiça, nem houve engano na sua boca. (Isaías 53:9). Mas o versículo seis declara: “Mas Yahweh fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós” (Isaías 53:6). Jesus não apenas foi identificado com nossa iniquidade. Ele também suportou todas as más conseqüências daquela iniquidade.

Aqui está o verdadeiro significado e propósito da cruz. Uma troca divina teve lugar. Primeiro, Jesus suportou em nosso lugar todas as más conseqüências que eram devidas pela justiça divina à nossa iniquidade. Agora, em troca, Deus nos oferece todo o bem que era devido à obediência sem pecado de Jesus.

Em poucas palavras, o mal que nos era devido, veio sobre Jesus para que, em troca, o bem da vida de Jesus nos pudesse ser oferecido. Deus é capaz de oferecer isso sem comprometer Sua justiça eterna, porque Jesus suportou em nosso lugar todo justo castigo devido à nossa iniquidade.

Tudo isso provém exclusivamente da indizível graça de Deus e é recebida exclusivamente pela fé.

UMA TROCA SINGULAR

As Escrituras revelam muitos diferentes aspectos dessa troca, e muitas diferentes áreas às quais ela se aplica. Em cada caso, no entanto, está claro o mesmo princípio: o mal veio sobre Jesus para que o bem correspondente pudesse nos ser oferecido.

1-Jesus foi punido para que sejamos perdoados e foi ferido, para que sejamos sarados

2-Jesus foi feito pecado com a nossa pecaminosidade, para que nos tornemos justos com a Sua justiça.

3. Jesus morreu a nossa morte para que vivamos sua vida;

4. Jesus se tornou pobre com nossa pobreza, para que nos tornemos ricos com Suas riquezas

5. Ele levou nossa vergonha para que compartilhemos da Sua glória e suportou nossa rejeição para que tenhamos Sua aceitação como filhos de Deus.

6. Jesus se tornou maldição para que recebamos a bênção

CONCLUSÃO
Tente por um momento visualizar Jesus enquanto Ele está pendurado na cruz. Comece a apreciar o horror completo da maldição. Ele foi rejeitado pelo Seu próprio povo, traído por um de Seus discípulos e abandonado pelos demais. Ele foi suspenso entre o céu e a terra. Seu corpo foi esmagado pela dor de inúmeras feridas, Sua alma foi abatida pela culpa da humanidade inteira. A terra o havia rejeitado, e o céu não respondeu ao Seu clamor. Enquanto o sol negou dar a sua luz e as trevas O cobriram, Seu sangue foi vertido e se misturou com o pó do solo pedregoso. Ainda assim, do meio da escuridão, Jesus, antes de expirar, deu um brado triunfante: "está consumado."

Nenhum comentário:

Postar um comentário