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quinta-feira, 2 de junho de 2016

O SIGNFICADO DA PROFECIA DE JOEL

O SIGNFICADO DA PROFECIA DE JOEL
Pensemos hoje no texto de Joel 2, base no nosso tema “Manda Tua Chuva!” Ele é mais conhecido pela sua citação em Atos 2:14 e seguintes.
Em Atos, Pedro lança mão das palavras de Joel para ajudar as multidões do festival em Jerusalém a compreender o poderoso derramar Espírito Santo, que viria a definir, a partir daquele dia, Pentecostes. Embora pareça difícil separar Joel 2 de Atos 2, vejamos duas coisas marcantes em Joel.
A primeira, é uma promessa. Deus promete o retorno do Espírito Divino - um retorno da profecia - após um longo silêncio. A razão do convite ao povo para alegrar-se (2:23), é que a mudança pela qual suspiravam estava chegando.
Salmo 74, provavelmente escrito durante o período de exílio, recorda o silêncio de Deus e a ausência da voz profética: “Já não vemos os nossos sinais, já não há profeta, nem há entre nós alguém que saiba até quando isto durará” (Salmo 74: 9).
O Espírito e a voz de Deus estavam ausentes. Agora não mais. Chega a promessa de restauração, alimentada pelo derramamento do Espírito de Deus, dirigida a um Israel expectante:
“Então Yahweh se mostrou zeloso da sua terra, e compadeceu-se do seu povo. E Yahweh, respondendo, disse ao Seu povo: Eis que vos envio o trigo, e o mosto, e o azeite, e deles sereis fartos, e vos não entregarei mais ao opróbrio entre os gentios” (2:18, 19).
Em outras palavras, Israel voltará à sua terra; a restauração é iminente. A visão do retorno do exílio é revelada pelo derramamento do Espírito de Deus (Joel 2:29). Isto lança luz sobre o milagre de Pentecostes.
Mas a mudança do silêncio de Deus é bem mais ampla, porque a promessa fala que o Espírito seria derramado "sobre toda a carne" (2:28). Embora a profecia seja dirigida a Israel (2:23, 27), é notória a universalidade da promessa: “toda a carne” ou “todos os povos.”
John Barton faz um comentário interessante sobre um segundo elemento marcante de Joel, que transcrevemos, com algumas aplicações. É o uso de imagens do êxodo para transmitir a promessa de uma restauração de Israel. Joel 2:23-32 está repleto de imagens do êxodo (conferir Êxodo 6:7, 7:5; 14:4...).
"E vós sabereis que Eu estou no meio de Israel, e que Eu sou o Senhor vosso Deus, e que não há outro; e o meu povo nunca mais será envergonhado” (Joel 2:27).
As palavras traduzidas como "maravilhosamente" e "prodígios" (v. 26 e 30) são da mesma raiz da palavra hebraica (Pela), a mesma palavra usada para as "pragas" ou "maravilhas" do êxodo.
No versículo 23 "chuva" é usada três vezes, levando para uma descrição no verso 24 de eiras "cheias de trigo", e lagares “transbordando de vinho e azeite.” Isso pode chamar a atenção para Êxodo 16: 4 (entre outras passagens) que falam de Deus fazendo chover pão sobre as pessoas, para que elas tivessem mais do que suficiente.
Joel pensa na restauração como uma espécie de novo êxodo. E, como tal, a promessa de Joel pode ser tão imediata, tão poderosa para nós no aqui e agora. Não só Joel falou de uma restauração de seu próprio povo; e não só sua profecia é apropriada para falar sobre o tempo da Igreja primitiva. Mas Joel está falando, imaginando, prometendo uma nova restauração, um novo êxodo do povo de Deus agora, hoje.
A pergunta que talvez queiramos fazer é: "De que tipo de exílio Deus está nos chamando para fora a fim de fazer e estar em uma nova terra prometida?” Todo exílio de nossa alma distante de Deus chega ao fim com o derramar do Espírito. Tudo que morreu, pode ressurgir. Tudo que secou, reverdecerá. O tempo do silêncio Divino é passado. Podemos ouvir Sua voz. A palavra profética vem em maior manifestação, porquanto é liberada a todos. Vivemos a estação profetizada em Joel 2, cumprida em Atos 2. As chuvas de Deus estão caindo abundantes sobre nossas almas, removendo a aridez.

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